Fotografia de casamento: imprimir para eternizar

Uma das minhas lembranças de infância é estar na casa dos meus avós e pegar a caixa de fotografias da família para ver e rever fotos antigas. A foto impressa tinha um valor importante, de uma lembrança de um momento especial que merecia ser registrado para não ser esquecido. 

Fotografar era uma experiência muito diferente do que se tornou na era digital, quando celulares ganharam status de máquina fotográfica. Se hoje tudo (ou quase tudo) vale mais de um clique – afinal de contas precisamos do registro perfeito – antes fotografar era uma “atividade de risco”. Era preciso escolher entre um filme de 12, 24 ou 36 poses, comprá-lo, colocá-lo na máquina e fotografar sem saber qual seria ao certo o resultado final, ago que só se descobria depois que o filme voltava revelado (e as fotos, ampliadas) do laboratório. E houve um tempo que isso não era exatamente barato. Então, a gente ficava “guardando” o filme para não gastar à toa. Provavelmente era por isso que não era comum ter fotos espontâneas naquela época. 

Hoje a tecnologia permite registrar milhares de foto sem nenhum custo, só tendo o celular em mãos. Mas, você já parou para pensar quantas dessas fotos você olha novamente, depois de um tempo? Pouca gente imprime o que fotografa. E essa cultura de relembrar muda de característica – a gente só se lembra do que a rede social propõe, normalmente uma foto por vez. 

Eu não estou querendo ser saudosista. Eu acho que os costumes mudam, que as referências mudam, que a cultura muda. E tudo bem. Mas meu ponto é: você já se perguntou qual a importância das fotos impressas? Elas trazem de volta a emoção do momento do clique, elas perpetuam uma lembrança que parecia fugaz. E é exatamente por isso, porque são cada vez mais raras, que as fotos impressas tornam-se mais importantes. 

As fotos de viagem, dos filhos crescendo, das reuniões de família. Levar essa experiência para o porta retrato faz com que a casa se torne um lar, cheia de lembranças íntimas, que criam laços entre aqueles que participaram daquele momento e retornam uma sensação gostosa cada vez que nos lembramos daquela ocasião. 

Se é assim com fotos cotidianas, imagine quando se trata de casamento? Imprimir nesse caso é fundamental! O que se pode fazer, graças à tecnologia, é um verdadeiro livro fotográfico que registra as imagens dos noivos e seus convidados no dia da celebração. Da preparação da festa ao dia da noiva, passando pela cerimônia, damas de honra, padrinhos, família, amigos e até animais de estimação, tudo pode ser registrado. 

Cada elemento tem uma razão de ser e, para contar essa história única, a maneira de construir essa narrativa tem de ser muito bem pensada em conjunto, entre os noivos – que sabem o que cada um daqueles  detalhes significa –, e o fotógrafo, que dá o suporte técnico para que o resultado final supere as expectativas. 


Mas, de nada adianta todo esse esforço que o livro fotográfico de casamento não se concretizar no papel. Tocar as fotos, manipulá-las, mostrá-las à família e aos amigos, tê-las em mãos (ao invés de vê-las em uma tela) é uma experiência única, porque cria um laço afetivo diferente, coloca as lembranças em um suporte real e passível de ser “experimentado” por outras pessoas. Como hoje em dia existem papeis que duram mais de 200 anos sem alterar a característica das fotos impressas neles, seu livro, mais que uma lembrança, torna-se uma herança de família. Um documento que conta a sua história e que passa de geração em geração.